terça-feira, 21 de junho de 2011

Orações Coordenadas

Coordenadas Assindéticas
São orações coordenadas entre si e que não são ligadas através de nenhum conectivo.

Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas
De acordo com o tipo de conjunção que as introduz, as orações coordenadas sindéticas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.

a) Aditivas
Expressam ideia de adição, acrescentamento. Normalmente indicam fatos, acontecimentos ou pensamentos dispostos em sequência.  As conjunções coordenativas aditivas típicas são "e" "nem" (= e + não). Introduzem as orações coordenadas sindéticas aditivas.

Por Exemplo:
Discutimos várias propostas analisamos possíveis soluções.
As orações sindéticas aditivas podem também estar ligadas pelas locuções não só... mas (também), tanto...como, e semelhantes. Essas estruturas costumam ser usadas quando se pretende enfatizar o conteúdo da segunda oração. Veja:
Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) compõe muito bem.
Não só provocaram graves problemas, mas (também) abandonaram os projetos de reestruturação social do país.

Por Exemplo:
Não discutimos várias propostas, nem (= e não) analisamos quaisquer soluções.

b) Adversativas
Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenada anterior, estabelecendo contraste ou compensação. "Mas" é a conjunção adversativa típica. Além dela, empregam-se:  porém, contudo, todavia, entretanto e as locuções no entanto, não obstante, nada obstante. Introduzem as orações coordenadas sindéticas adversativas.


Veja os exemplos:
"O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade." (Ferreira Gullar)
O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria.
Tens razão, contudo controle-se.
Janaína gostava de cantar, todavia não agradava.
O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória.

c) Alternativas
Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada a conjunção "ou". Além dela, empregam-se também os pares: ora...ora, já...já, quer...quer..., seja...seja, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas alternativas.

Exemplos:
Diga agora ou cale-se para sempre.
Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza.
Estarei lá, quer você permita, quer você não permita.

d) Conclusivas
Exprimem conclusão ou consequência referentes à  oração anterior. As conjunções típicas são: logo, portanto pois (posposto ao verbo). Usa-se ainda:então, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas conclusivas.

Exemplos:
Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar.
A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir cuidadosamente.
O time venceu, por isso está classificado.
Aquela substância é toxica, logo deve ser manuseada cautelosamente.

e) Explicativas
Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na declaração anterior. As conjunções que merecem destaque são: que, porque epois (obrigatoriamente anteposto ao verbo). Introduzem as orações coordenadas sindéticas explicativas.

Exemplos:
Vou embora,  que cansei de esperá-lo.
Vinícius devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro.
Cumprimente-o, pois hoje é o seu aniversário.

Diferenças entre orações coordenadas explicativas e orações subordinadas adverbiais causais:

- Orações Coordenadas Explicativas: caracterizam-se por fornecer um motivo, explicando a oração anterior. 

Por Exemplo:
A criança devia estar doente, porque chorava muito. (O choro da criança não poderia ser a causa de sua doença.)

- Orações Subordinadas Adverbiais Causais: exprimem a causa do fato. 

Por Exemplo:
Henrique está triste porque perdeu seu emprego. (A perda do emprego é a causa da tristeza de Henrique.)

Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes, imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.

ORAÇÕES INTERCALADAS

São orações que se acrescentam à margem da frase, como esclarecimento, observação, ressalva, etc. As orações intercaladas são elementos estranhos à estrutura do período, por isso interferem na sequência lógica da frase. As interferentes são de largo uso no discurso direto. 

Exemplos:

• "Se me atirasse às bananas (devo ter comido meia dúzia), não poderia ter feito as milhares de coisas que fiz." (Lígia Fagundes Teles)
• "É bem feiozinho, benza-o Deus, o teu tal amigo," (Aluísio de Azevedo)
• "Tive (porque não direi tudo?), tive remorsos." (M. de Assis)
• "Meus irmãos (digo-o com tristeza) desviaram-se do bom caminho."
• "Nenhum destes historiadores, que eu saiba, faz referência àquele episódio.

Fonte: www.soportugues.com.br
www.recantodasletras.com.br

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