sexta-feira, 6 de maio de 2011

Histórico da tabela periódica

As Tríades de Döbereiner

Em 1829, Johann Döbereiner teve a primeira ideia, com sucesso parcial, de agrupar os elementos em tríades. Essas tríades também estavam separadas pelas suas massas atômicas, mas com propriedades químicas muito semelhantes. A massa atômica do elemento central da tríade era supostamente a média das massas atômicas do primeiro e terceiro membros.
O Parafuso Telúrico de Chancourtois

Em 1862, o geólogo francês A. E. Beguyer de Chancourtois tentou uma classificação dos elementos, baseada no peso atômico do oxigênio, que na época já era 16. Para tanto, tomou um cilindro, dividindo-o em 16 segmentos iguais. Traçou uma hélice na superfície do cilindro, de modo que formasse um ângulo de 45° com o seu eixo. Sobre ela dispôs os elementos em ordem crescente de pesos atômicos, que foram tomados como ordenadas sobre várias geratrizes. A hélice atravessava as geratrizes a distâncias cujos valores eram múltiplos de 16 e, os elementos onde os pesos atômicos diferiam em 16 unidades, caíam na mesma geratriz. O grupo de elementos de cada geratriz possuía propriedades químicas semelhantes.
A Lei das Oitavas de Newlands
Em 1864, o inglês Jonh Alexander Reina Newlands ordenou os elementos em colunas e em ordem crescente de pesos atômicos. Formada a primeira coluna com sete elementos, o oitavo apresentava propriedades físicas e químicas semelhantes ao primeiro. Por isso, começava-se uma nova coluna. Como a cada oito elementos repetiam-se as semelhanças físicas e químicas, Newlands iniciava colunas a cada oito elementos. 
Classificação de Newlands: nas linhas horizontais estão os elementos com propriedades químicas semelhantes.
Lei da Periodicidade de Mendeleev

O próprio Mendeleev revisou seu sistema periódico, republicando-o dois anos depois, em 1871, em oito colunas, de maneira que a semelhança de propriedades químicas ocorresse, agora, na vertical.

Quando lhe apontaram espaços vazios em sua tabela, Mendeleev não teve dúvidas em admitir que esses espaços seriam ocupados por elementos a serem descobertos. Além disso, previu as propriedades físicas e químicas de três elementos, que sucederiam o boro, o alumínio e o silício. Para designá-los, Mendeleev adotou o prefixo sânscrito eka, que significa primeiro, chamando-os, respectivamente eka-boro, eka-alumínio e eka-silício.

Os químicos não pareciam ainda muito convencidos do trabalho de Mendeleev, quando, em 1874, Lecoq de Boisbaudran descobriu um novo elemento, ao qual deu o nome de gálio. Foi o próprio Mendeleev quem provou que esse elemento era o eka-alumínio, possuindo propriedades físicas e químicas muito parecidas com as previstas por ele. Foi a consagração de Mendeleev. Em 1879, Lars Fredrik Nilson descobriu o escândio, que Peter Theodore Cleve demonstrou ser o eka-boro. Anos depois, em 1885, Clemens Alexander Winkler descobriu o germânio, que ele próprio, depois de algum tempo, identificou como o eka-silício.

Outra objeção ao trabalho de Mendeleev referia-se a alterações arbitrárias no critério relativo à ordem crescente de pesos atômicos. Em alguns casos, Mendeleev alterava o critério arbitrariamente, para que os elementos com propriedades semelhantes caíssem na mesma linha (primeira versão) ou na mesma coluna (segunda versão). Foi o que aconteceu, por exemplo, com o telúrio (Te) e o iodo (I). Apesar de ter peso atômico menor, o iodo vinha após o telúrio. O mesmo ocorria em outros casos. Mendeleev justificava essas repentinas mudanças afirmando que os pesos atômicos dos elementos correspondentes a essas inversões estavam errados e que seria preciso corrigi-los. Foi o que aconteceu, os pesos foram revistas e constataram-se vários erros. Apesar disso, algumas inversões continuavam, como no caso do iodo e do telúrio, pois não se conseguia provar que os pesos atômicos fossem diferentes dos já determinados.

Lei da Periodicidade de Moseley

Em 1913, o cientista britânico Henry Moseley descobriu que o número de protóns no núcleo de um determinado átomo, era sempre o mesmo.

Moseley usou essa idéia para o número atômico de cada átomo. Quando os átomos foram ordenados por ordem crescente do seu número atômico, os problemas existentes na tabela de Mendeleev desapareceram.

Devido ao trabalho de Moseley, a tabela periódica moderna está baseada no número atômico dos elementos químicos.


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